Durante a nossa estadia no Vintage House Douro (ver), tivemos oportunidade de passear (mais uma vez) pelo Pinhão, que se situa na margem direita do rio Douro, e é o centro da região demarcada do Vinho do Porto.
O Pinhão é uma pequena freguesia que pertence a Alijó, e a sua paisagem está classificada pela UNESCO como património cultural da humanidade.
Já tínhamos estado no Pinhão algumas vezes e sempre que lá vou adoro! Não pela arquitetura dos edifícios que infelizmente não é das mais bonitas, aliás, não é nada bonita mesmo! Mas a paisagem envolvente faz-nos esquecer de tudo isso!
O Pinhão não é grande, aliás, é até bem pequeno, mas há uma série de coisas bem interessantes para se fazer e assim passar um dia em perfeita comunhão com o Douro e a Natureza.
Podem optar por fazer como nós e irem ao Douro sempre que tiverem oportunidade. E para isso vou enumerar uma série de pequenos prazeres a que podem aceder a partir do Pinhão neste pequeno paraíso que é o Douro.
Este foi um dos nossos roteiros, de um dia apenas.
Casal de Loivos:
Optamos por começar de manhã bem cedo e após um maravilhoso pequeno almoço no Vintage House, fizemos um pequeno desvio até Casal de Loivos. Esta pequena localidade, na zona mais alta do Pinhão, tem um Miradouro de cortar a respiração!
Uma das imagens mais idílicas que já tive o prazer de vislumbrar. Basta perguntarem a algum habitante do Pinhão onde fica e eles indicar-vos-ão.
O Pinhão e o Douro vistos de Casal de Loivos
PipaDouro:
Há algo melhor do que conhecer a região do Douro a partir do próprio rio? Navegar entre os montes repletos de vinhas e socalcos? Não, não há!
E por isso depois duma vista perfeita do Miradouro e de ter o Douro a nossos pés nada como abraçar o rio pelo seu coração.
O PipaDouro não é apenas um serviço de barcos, o PipaDouro é o serviço, que além de buscar a excelência, funciona sem destinos, em que o próprio cliente decide o que quer, tudo criado para tornar a nossa experiência, “A Experiência”!
Fizemos uma viagem de cerca de duas horas no barco Friendship I (também já passeamos no mais pequeno e igualmente encantador Pipadouro II). O Pipadouro encontra-se mesmo em frente ao Hotel Vintage House Douro, podem embarcar aí, mas como é óbvio, convém reservarem antes.
Para ficarem a saber mais sobre este assunto leiam o artigo do João (ver).
Optamos por fazer uma breve paragem e almoçar num dos restaurantes locais, mesmo em frente ao rio, comidinha simples e caseira ao bom estilo do interior, com um preço bastante acessível. Podem também optar por almoçar numa das Quintas do Douro.
Os bonitos azulejos da estação contam a história do Douro e da sua gente
De tarde continuamos o nosso passeio pela pequena vila, passando pela emblemática estação Ferroviária do Pinhão, outrora o mais importante ponto de ligação das gentes da terra com o exterior e que potenciou o desenvolvimento da mesma, com os comércios a instalarem-se junto da estação onde diariamente confluíam as pessoas de todas as terras em redor.
Podem também fazer um pequeno passeio de comboio entre o Pinhão e o Tua, sempre junto à margem do Rio ou até optar por chegarem aqui vindos do Porto, numa viagem que dificilmente esquecerão.
Quinta do Bomfim:
Seguimos o nosso passeio em direção à Quinta do Bomfim uma das mais emblemáticas da região que alberga agora o mais recente centro de enoturismo da família Symington.
É um local a não perder no Pinhão e tem um maravilhoso terraço sobre o Douro, que por si só já valeria a visita!
Para ficarem a saber mais sobre este assunto leiam o artigo do João (ver).
Talho Qualifer:
Daqui voltamos à zona da estação (cerca de 5 min) para visitar um sítio ao qual voltamos sempre que visitamos o Pinhão, o Talho Qualifer.
Este pequeno talho não é bem aquilo a que estamos habituados quando vamos ao nosso fornecedor habitual, em primeiro lugar é a casa de uma figura diferente, Fernando Rebelo, o Talhante. Quando o visitamos a primeira vez só nos conseguimos lembrar do famoso talhante italiano Dario Cecchini célebre por encantar os turistas na pequena localidade de Panzano in Chianti.
Mas aqui a história não é sobre Dante ou os gigantescos costoletões, mas sim sobre uma magistral forma de servir e de apresentar o seu trabalho, mais concretamente o fumeiro. Aqui existem enchidos para todos os gostos e feitios e de todos os géneros, reza a lenda que alguns cortam o efeito do álcool e que outros são até bons para tratar a celulite.
Mezinhas à parte, aqui encontramos todo o tipo de corte do porco transformado em fumeiro, das linguiças e chouriços às febras ou costeletas, sem esquecer um maravilho bacon ao qual nunca conseguimos resistir.
Caso tenham tempo ou optem por ficar mais dias na região (vale bem a pena), visitem alguns dos mais importantes produtores de vinhos do Douro e Porto, muitos deles localizados bem nesta importante zona do “Cima Corgo”. Da imponente Quinta do Noval, à Quinta das Carvalhas da Real Companhia Velha, da Niepoort à Wine & Soul, da Quinta de la Rosa à Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo, as opções são muitas e para todos os gostos, dos vinhos mais clássicos e históricos aos mais irreverentes.
Devem ter em atenção que muitas destas Quintas não estão de portas abertas ou preparadas para o enoturismo, pelo que a visita deve ser agendada atempadamente.
Além disso podem circular pela N222 entre o Pinhão e a Régua, a estrada que separa o Douro das suas belíssimas Quintas e que foi recentemente eleita a melhor estrada do Mundo para conduzir.
Embarquem nesta aventura e deixem-se levar pelos encantos do Douro.
Photos: Flavors & Senses
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